Quiet quiting: onda da demissão silenciosa pede mudanças nas empresas

Recentemente, você pode ter se deparado com um novo movimento emergente lançado pela geração Z, que gerou nova tendência no mundo corporativo, conhecido como a quiet quiting ou simplesmente demissão silenciosa.

Para evitar o burnout e resguardar a vida pessoal, o movimento defende trabalhar o mínimo necessário, ou seja, funcionários estabelecem limites claros entre a vida pessoal e profissional e entendem que não fazer nada mais do que o proposto no contrato de trabalho é um direito quase sagrado.

A quiet quiting é praticamente uma consequência da ausência de feedbacks, bloqueio do crescimento e de aumentos salariais para determinado funcionário além da negligência na gestão de pessoas de uma forma geral.

O termo se popularizou ao mesmo tempo da chamada grande demissão ou “the great resignation” iniciado nos Estados Unidos, onde uma grande massa de pessoas infelizes com suas ocupações abdicou de seus empregos mesmo em tempos de recessão.

O tema é um perfeito viral em tempos pós-pandemia, onde pessoas de todo mundo repensam suas carreiras e vidas pessoais e anseiam por mais controle sobre si mesmos. Um prato cheio que inundou redes sociais com postagens acaloradas sobre o assunto defendendo a adesão desses comportamentos e estimulando mudanças de paradigmas.

Impactos da quiet quiting

Transição e aprendizado já fazem parte da rotina das empresas e ainda com mais ênfase nos últimos tempos. A quiet quiting vem ganhando espaço e provocando reflexões importantes no campo empresarial.

No mundo corporativo não há como fechar os olhos para essa onda. A buzzword extrapolou as fronteiras das redes sociais, ganhou voz em um debate global e chegou à mesa das lideranças.

A gravidade do problema é real e afeta engajamento e consequentemente produtividade. Isso ajudou líderes a repensarem a forma como eles estavam liderando, recompondo estruturas e procurando aliar os direitos e limites de um contrato de trabalho à demanda do negócio por engajamento, conexão e resultados.

Como lidar com o problema

O momento é propício para acompanhar tendências e promover mudanças!

É preciso um olhar sistêmico para cada colaborador e cada time. Não existe uma solução que possa ser aplicada de maneira generalizada. Particularidades não devem ser ignoradas nesse processo.

O diálogo é um dos caminhos, além de estabelecer limites saudáveis entre empregador e empregado, mantendo produtividade e competitividade sem exigir que os profissionais façam muito além do que está no contrato de trabalho.

Com a onda da quiet quiting vem se consolidando novas abordagens relacionadas a saúde mental, propósito e soft skills em busca de um ambiente de trabalho mais saudável. Abordagens essas que promovem uma mudança de paradigma na visão de negócio e liderança nas organizações.

Fontes: O Globo, Exame e Forbes

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