A experiência de chegar em uma nova empresa é motivo de ansiedade para muitos profissionais, mas quando a recepção é planejada e o colaborador se sente acolhido, todo nervosismo se transforma em alívio.
O início de uma história deve ser instigante e a chegada em uma organização não deve ser diferente. Ter um roteiro detalhado das atividades de inserção na empresa e se sentir amparado por outros companheiros de trabalho é o que caracteriza um bom processo de Onboarding.
Definição
O processo de Onboarding se configura como um método de integração do colaborador ao chegar em uma empresa. Visando introduzir o empregado e apresentar a cultura da organização como um todo, incluindo valores, perspectivas etc, esse processo consiste também em apresentar o profissional aos novos colegas de trabalho.
Objetivo
A finalidade do Onboarding é garantir que o colaborador recém chegado tome consciência das atividades que irá desenvolver e através de quais meios e ferramentas. A partir desse processo de plena integração com a função, o profissional poderá iniciar a sua trajetória dentro da corporação em um ritmo adequado e com bom desempenho.
Os pilares desse método são: capacitação, socialização e aculturação. Sendo, respectivamente, a preparação para exercer a função, a integração nas equipes e a ambientação da cultura organizacional.
Por que o Onboarding é tão importante?
Com um processo bem estruturado e estrategicamente eficaz, o Onboarding inicia o desenvolvimento do sentimento de pertencimento no novo colaborador, portanto, reduz a possibilidade de um desligamento precoce. De acordo com uma pesquisa realizada pela Society for Human Resource Management (SHRM), empresas que aplicam o método de Onboarding garantem até 62% a mais de produtividade por parte desses profissionais.
E para além das questões que envolvem produtividade e boas impressões, esse processo se mostra um pontapé inicial de uma cultura humanizada. Integrar um colaborador, entendendo que por traz da função há uma pessoa, é essencial para que ele não se sinta “apenas mais um”.
E claro, apesar de estratégico e estruturado, o método não é a prova de falhas. É preciso que as lideranças estejam atentas aos resultados dos processos aplicados e que ouçam as devolutivas desses novos profissionais. É necessário saber se o Onboarding de fato ajudou o colaborador e utilizar desse feedback para aprimorá-lo, garantindo maior assertividade a cada aplicação.
Vantagens
Quando bem estruturado e constantemente atualizado, o Onboarding desencadeia uma série de vantagens para as empresas. A primeira e muito significativa é a redução da rotatividade. Ou seja, garantindo uma chegada acolhedora a empresa acaba “conquistando” o colaborador e assegura a sua permanência nessa fase inicial.
Além de colocar em pauta as expectativas da empresa em relação ao profissional, o processo garante também um alinhamento dessas perspectivas. Essa troca é iniciada no feedback pós Onboarding e deve ser fomentada ao longo da jornada desse profissional.
Por último, e não menos importante, o Onboarding é sinônimo do aumento da produtividade. O processo proporciona o sentimento de pertencimento, de adaptação à cultura organizacional e aos valores da empresa, fazendo com que o profissional possa se adaptar e se identificar cada vez mais. É possível afirmar também que, a partir dessa aproximação, o colaborador se sentirá motivado a se desenvolver dentro da organização.
Afinal, como implementar o Onboarding?
Conforme ressaltado ao longo deste texto, o processo deverá ser cuidadosamente planejado e adaptado para cada integração. Levando em consideração as diferentes funções dentro da engrenagem de cada empresa, é preciso destacar os profissionais que estão em fase de Onboarding. Ou seja, as exigências e questionamentos deverão ser adequados a um profissional que está iniciando nesse novo ambiente.
Ao chegar em um novo local ou ter contato com ferramentas desconhecidas, é um alívio e tanto ter acesso a um guia, correto?! Pensar nessa necessidade e materializá-la em algo palpável e de fácil consulta é essencial. Crie manuais para que os colaboradores possam ter onde recorrer ao longo do processo.
Além do guia em formato de apresentações e PDFs, busque direcionar o novo empregado a um tutor dentro da empresa. Escolha lideranças ou membros da equipe que tenham um perfil mais receptivo e didático para repassar as atividades ao novo colega. Essa aproximação garante uma socialização já nesse início e também proporciona um sentimento de amparo.
Para concluir essa implementação e manter o Onboarding sempre atualizado e gerando bons resultados, é primordial que haja troca ao longo de cada processo. Ouvir os profissionais, entender as impressões, sugestões, críticas e observações que possam surgir ao longo dessa adaptação garante que o processo passe por melhorias constantes.
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