Quando o trabalho perde o sentido: um alerta para empresas e profissionais

É cada vez mais comum ouvirmos frases como “parece que estou no piloto automático” ou “não vejo mais sentido no que faço”. Essa sensação, muitas vezes silenciosa, tem nome: brown-out. Diferente do burnout, que envolve exaustão extrema, o brown-out é marcado por desmotivação, apatia e perda de propósito no trabalho. E embora menos visível, seus impactos são profundos — tanto para os profissionais quanto para as empresas.

Quando o trabalho deixa de fazer sentido, o engajamento despenca. A vontade de fazer mais e melhor desaparece. A criatividade dá lugar ao conformismo, e as relações interpessoais começam a se deteriorar. Isso não só compromete a produtividade como afeta o clima organizacional, aumenta os índices de turnover e compromete os resultados do negócio.

Muitas vezes, esse estado não é causado por excesso de tarefas, mas pela desconexão entre o que se faz e o porquê de se fazer. Falta de reconhecimento, ausência de escuta, metas desconectadas da realidade e culturas que não valorizam o bem-estar são alguns dos gatilhos.

É preciso olhar para isso com atenção. Para o RH, o desafio está em criar espaços de escuta ativa, rever políticas internas, resgatar o propósito da organização e garantir que as pessoas tenham clareza de como o seu trabalho impacta algo maior. Para os líderes, o convite é para exercitar uma gestão mais próxima, humana e aberta a conversas que vão além da entrega.

Por fim, para os profissionais que se sentem assim, vale refletir: o que está causando essa desconexão? Há espaço para diálogo? É possível ressignificar o que se faz ou é hora de buscar novos caminhos?

Cuidar do sentido do trabalho é cuidar da saúde emocional das equipes, e isso precisa estar no centro da estratégia das empresas que desejam crescer com consistência e humanidade.

Fonte: Marilinda Fernandes ADV, RH pra Você, Genyo, Jheniffer Coronado, Guia da Carreira, Meio e Mensagem

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