Real Skills: uma nova tendência

As soft e hard skills são conhecidas no mercado, mas você já ouviu falar nas real skills?! Pois bem! Vem com a gente e descubra de onde surgiu e qual o objetivo desse novo termo dentro da área de Recursos Humanos (RH).

Com o surgimento datado em 2017, o termo real skills apareceu pela primeira vez no artigo Let’s stop calling them “soft skills”, de Seth Godin. O seu “boom” no mercado está diretamente ligado à pandemia e neste artigo vamos destrinchar sobre a aplicação e vantagens dessa nova abordagem.

Definição

O autor do artigo citado anteriormente, Seth Godin, cria o conceito de real skills a partir de uma reinterpretação das soft skills. Segundo Godin, há certo “senso de urgência” quando falamos das competências comportamentais, e o termo “soft” não coloca essas habilidades como primárias.

É comum que as empresas foquem nas hard skills, que são as competências técnicas aprofundadas nas áreas especificas, mas o mercado vem mostrando que os bons profissionais precisam estar além do conhecimento técnico. Habilidades de comunicação, interação, relacionamento, dentre outras, evidenciam que um profissional “completo” é aquele que prioritariamente sabe se relacionar com os colegas e ao mesmo tempo busca uma evolução técnica.

O autor se utiliza de uma analogia a um jogador de baseball para explicar o conceito. Um jogador pode se destacar com um desempenho individual, seja no número de arremessos, rebatidas, corridas etc e mesmo que ele seja um atleta de difícil convívio, ele continua sendo essa estrela. Agora, em um ambiente corporativo onde o entrosamento, alinhamento e relacionamento precisam estar afinados, um profissional que não sabe se relacionar pode se tornar um problema.

As Real Skills e seus impactos

Antes de partirmos para uma explanação maior das real skills, é importante que saibamos sobre os impactos desse conceito. Os profissionais que não estão com essas competências trabalhadas e que não passam por essa reflexão, são os responsáveis pelo desgaste do clima dentro das organizações.

Esse impacto negativo pode desmotivar as equipes, afastar possíveis talentos, prejudicar a imagem da empresa diante o mercado, entre outras questões, nesse sentido é importante que essas competências estejam entre as exigências na hora da contratação.

Partindo da idéia que essas habilidades sejam pré-requisitos, tornam-se assim indispensáveis para a manutenção de um ambiente corporativo saudável e que entregue bons resultados. As reals skills deixam de ser um diferencial e passam a fazer parte dos itens classificatórios.

Afinal, como são classificadas essas “competências reais”?

Seth Godin distingue cinco competências em seu artigo, seriam elas:

  • Percepção

Abarca a habilidade do profissional em fazer uma boa leitura da realidade. Saber analisar os pontos, ligá-los e chegar a uma conclusão de forma estratégica.

  • Autocontrole

Habilidade em saber o momento de ir, voltar e parar. É ter o controle sobre si mesmo e ter como norteadoras a disciplina, honestidade, flexibilidade e inteligência emocional.

  • Sabedoria

Ter a disposição e conseguir aprender novas habilidades, compreender informações diversas e junto desse processo de aprendizagem utilizar da criatividade, diplomacia e relacionamento.

  • Produtividade

Profissionais que tem o planejamento, liderança e atenção como forma de aumentar o desempenho e melhorar a qualidade das entregas. São habilidades que, por mais obvias que possam parecer, fazem toda diferença dentro da produtividade.

  • Influência

A negociação, o papel da liderança e o networking são os pilares dessa competência. Saber “vender” a sua idéia e fazer com que a sua equipe leve adiante projetos, ou seja, a habilidade convencer e agir.

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Fontes: Feedz, PontoTel, Runrun, GPTW.

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